Já faz algum tempo que se tem falado dos benefícios do licopeno, um antioxidante presente em grande quantidade no tomate. Os produtos derivados de tomate, como molhos e sucos, seriam ótimas fontes
de licopeno, melhores ainda que a fruta crua, já que neles os frutos estão
concentrados e o calor do cozimento aumenta a biodisponibilidade do licopeno
(isto é, faz com que o licopeno fique mais disponível para ser absorvido pelo nosso organismo).
Entretanto, há algumas semanas, li em uma matéria da revista Veja que para
aproveitar os benefícios do licopeno é preciso fazer o molho em casa. Isto porque de acordo
com o professor da ESALQ-USP, Lázaro Peres, o licopeno
começa a se deteriorar em temperaturas acima de 120°C e os tanques de pressão
usados pelas indústrias, assim como as panelas de pressão e fornos caseiros, ultrapassam esta temperatura. Com base nesta informação, resolvi deixar a preguiça de
lado e voltar a fazer o molho de tomate caseiro que aprendi com minha cunhada.
Fazer o molho em casa é bem mais simples do que parece e, além de rico em
licopeno (como já sabemos), fica livre de aditivos e muito mais saboroso.
Esta receita é de um molho “ao sugo” básico que pode ser
usado como está ou servir de base para outros molhos (bolonhesa, por exemplo).
Faço sempre uma quantidade grande, coloco em vidros e congelo. Na hora de usar
é só descongelar, aquecer, acertar o sal e servir. Assim “in natura” fica ótimo
com massas recheadas, mas se for sem recheio, costumo dar uma variada no sabor,
colocando folhinhas de manjericão ou alecrim na hora de aquecer, ou fritando um
pouquinho de bacon na panela.
Molho de tomate básico
- ± 1,5 Kg de tomates bem maduros
- 4 ou 5 cebolas médias
- 1 cabeça de alho
- 1 ou 2 cenouras médias (se o tomate não estiver bem maduro, coloque duas)
- 1 folha de louro
- 1 colher de sopa de sal
- Azeite ou óleo para refogar
Descasque
as cebolas, alho e cenouras, lave os tomates e pique tudo grosseiramente. Refogue
a cebola no azeite por alguns minutos. Coloque o alho e deixe mais um minuto. Acrescente
os demais ingredientes, misture e tampe a panela. Mantenha em fogo alto, mexendo
de vez em quando, até que o tomate e a cebola soltem água e tudo comece a
ferver. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 1 hora. Retire do fogo, bata o molho no
liquidificador e volte para a panela. Deixe apurar mais um pouquinho
e acerte o sal (mas cuidado, é melhor deixar com menos sal e salgar na hora de
aquecer). Coloque em frascos de vidro,
deixe esfriar um pouco, coloque a data e leve ao congelador. A quantidade desta
receita deve render cerca de três frascos grandes e um ou dois pequenos, como
os da foto.
Pronto!
Não falei que era fácil? E com o tempo você acaba adaptando e adequando tudo às
necessidades da sua família. Aqui em casa, gosto de deixar mais concentrado,
pra ocupar menos espaço no freezer, e coloco água na hora de aquecer. Também gosto
de colocar em frascos de tamanhos diferentes. Deixo os menores para usar em
pizzas, por exemplo, ou para acrescentar ao grande quando preciso de uma
quantidade um pouco maior. Prefiro fazer o molho com pouco sal, caso eu resolva acrescentá-lo a alguma coisa salgada, como linguiça (ou a costelinha de porco que sobrou do almoço e vira um ótimo molho pro jantar!).